Viajar para desconectar deixou de ser luxo e virou necessidade em um mundo em que notificações invadem cada minuto do dia. De acordo com Andrey de Oliveira Pontes, períodos prolongados de exposição às telas desorganizam o sono, ampliam a ansiedade e roubam a sensação de presença nas experiências mais simples. Por isso, escolher destinos que incentivem o afastamento do celular e aproximem o viajante da natureza tornou-se uma estratégia concreta de cuidado com a saúde mental e emocional.
Quando a viagem é planejada com intenção, o deslocamento não se resume a mudar de cenário, mas a reduzir estímulos e criar espaço interno para descansar de verdade. Em vez de roteiros lotados e conexão constante, a proposta é desacelerar, caminhar sem pressa, ouvir o silêncio e retomar o contato com o próprio corpo. Prossiga a leitura e entenda mais abaixo:
Viajar para desconectar: natureza como antídoto ao excesso de telas
Viajar para desconectar funciona especialmente bem quando o destino privilegia paisagens naturais e atividades ao ar livre. Conforme apresenta Andrey de Oliveira Pontes, ambientes com rios, trilhas, montanhas, florestas ou mar aberto favorecem a queda gradual do nível de estresse. Estudos ligados ao turismo de bem-estar mostram que alguns dias imerso em natureza contribuem para reduzir a sobrecarga mental, melhorar o humor e apoiar a recuperação da atenção, fragmentada pelo uso intenso de dispositivos digitais.

Além disso, regiões com sinal de internet instável ou inexistente ajudam a diminuir a tentação de checar mensagens a todo momento. Chapadas, praias mais isoladas, parques nacionais e áreas rurais com estrutura simples, mas acolhedora, criam um ambiente em que o foco volta para o agora. Caminhar, nadar, observar o céu estrelado e ouvir sons da natureza passam a ocupar o lugar das notificações, oferecendo estímulos suaves que acalmam o sistema nervoso e induzem um descanso mais profundo.
Refúgios brasileiros acolhedores
Viajar para desconectar não exige necessariamente grandes deslocamentos internacionais; o Brasil oferece inúmeros destinos capazes de sustentar um verdadeiro detox digital. Para Andrey de Oliveira Pontes, chapadas, serras e vilarejos de interior reúnem trilhas, cachoeiras, mirantes e hospedagens menores que estimulam a convivência presencial. Em muitos desses locais, o sinal de celular é limitado, o que favorece conversas à mesa, caminhadas guiadas e momentos de silêncio, sem interrupções constantes de trabalho.
Também ganham relevância pousadas de bem-estar e retiros em meio à natureza, que oferecem práticas como yoga, meditação, alimentação mais leve e experiências contemplativas. Nesses espaços, o próprio desenho da programação incentiva o desligamento progressivo das telas. Trilhas ao amanhecer, banhos de cachoeira, rodas de conversa ao redor de fogueira e noites com céu escuro e cheio de estrelas contribuem para que a mente desacelere e retome um ritmo mais orgânico.
Como planejar uma fuga digital
Viajar para desconectar exige intenção clara e algum planejamento, para que a experiência não se transforme em mais uma fonte de ansiedade. Segundo Andrey de Oliveira Pontes, o primeiro passo é definir limites objetivos para o uso de tecnologia durante a viagem: desligar notificações, evitar levar o celular para todas as atividades e, se possível, combiná-lo apenas como câmera ou item de segurança. Em paralelo, é importante avisar pessoas próximas e organizar demandas profissionais com antecedência.
Outra medida útil é escolher hospedagens que apoiem o detox digital, seja por estarem em regiões com pouca conectividade, seja por oferecerem atividades que valorizem o contato humano e a presença plena. Programar dias com menos deslocamentos, incluir momentos livres e aceitar uma agenda mais simples ajuda a sustentar o propósito da viagem. Em vez de tentar “aproveitar tudo”, a ideia é aprofundar poucas experiências, permitindo que corpo e mente realmente descansem da lógica de produtividade e da exposição contínua às telas.
Viajar para desconectar como escolha de cuidado contínuo
Em síntese, ao adotar a prática de viajar para desconectar como parte da rotina de cuidado, o viajante transforma férias e feriados em espaços reais de recuperação. Como frisa Andrey de Oliveira Pontes, não se trata apenas de ir para longe, mas de se dar o direito de estar menos disponível para o mundo digital e mais presente para si, para as pessoas e para o ambiente ao redor. Destinos que limitam a conectividade e ampliam o contato com a natureza tornam esse movimento mais fácil, quase natural.
Autor: Yan Chay











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